No manejo da bola jogador se arrebenta
Pra marcar o seu gol, mas a bola não entra
Ele soa a camisa na coragem e no peito
Mas o sapo lá fora fica pondo defeito
(Ó lá, ó lá, ó lá
Por miséria ele pensô que o gor fosse na nuvem, pensô
Chutem drento do gor, porco can!
Ah! Se eu fosse ténico
Mandava ele plantá feijão, mandava! )
Em tudo que é jogo
Em quarqué bate-papo
Tem sempre que haver
O parpite do sapo
E no jogo de bocha, jogador tá enfezado
Pra ganhar a partida, mas no fim sai errado
Tá perdendo dinheiro, de repente ele estoura
Quando ouve o palpite lá do sapo de fora
(Ê mas você é burro, em rapai?
Puxa o bolim de trivela que você mata a égua
Mata porco can!
Não, não, não, não dá de rafa
Que o ponteiral pula
A minha nona joga mais do que você, tá bom?)
Em tudo que é jogo
Em quarqué bate-papo
Tem sempre que haver
O parpite do sapo
Jogador de baralho na oreia da sota
Tá com sono e nervoso por perder uma nota
Pra enfezar mais ainda chega ali sem convite
O tal sapo de fora para dar seu palpite
(Truca nele logo, rapai!
Você não tá vendo que ele não tem nada
Tá mais amarelo do que uma polenta, tá?
Não, não, não
Não sai de sete oro que ele te fecha, ostregão!)
Em tudo que é jogo
Em quarqué bate-papo
Tem sempre que haver
O parpite do sapo